A disponibilidade de uma máquina após uma parada para manutenção é de suma importância para a eficiência operacional e produtividade da indústria. Mas, ainda existem desafios para colocar a máquina em funcionamento em prazos aceitáveis ou de modo que ela não apresente novos problemas após a liberação. A gestão de paradas de máquina é de suma importância nesse contexto.
No artigo de hoje, nosso CEO e especialista em soluções para manutenção industrial, Rogério Rodrigues, traz algumas estratégias e práticas recomendadas para garantir a disponibilidade das máquinas após uma parada para manutenção.
As empresas que se dedicarem a fazer uma boa gestão das paradas de manutenção, certamente terão melhores resultados ao minimizar o tempo de inatividade e garantir que a máquina retorne à operação em condições ideais.
A Fórmula 1 talvez seja um bom exemplo para ilustrar isso.
Quando um piloto entra no boxe para fazer um pit stop, os mecânicos têm um único objetivo: devolver o carro à pista o mais rápido possível e com tudo funcionando.
Para isso, as equipes planejam o melhor momento de parar o carro, os pneus ficam aquecidos e calibrados, as bombas de combustível abastecidas, os mecânicos preparam as ferramentas e fazem simulações de parada antes da corrida.
Tudo para que não ocorra nenhum problema e o piloto não perca posições ao retornar à pista.
Para uma indústria, a gestão de paradas de máquina segue o mesmo conceito. O setor de manutenção deve atuar de modo a garantir o melhor tempo de retorno das máquinas à operação e em condições ideais.
Ou seja, ao liberar a máquina, ter a certeza de que tudo vai funcionar, sem que ela pare novamente ou apresente problemas em outros componentes.
As paradas de manutenção são importantes paras as empresas que precisam garantir que os equipamentos funcionem de maneira otimizada e confiável.
Essa é uma ação que vai:
Em resumo, o planejamento de paradas para manutenção é uma abordagem proativa que visa garantir a operação contínua e eficiente dos equipamentos, minimizando interrupções inesperadas e maximizando a produtividade.
Mas, como garantir isso?
Antes de qualquer parada, é essencial ter um plano de manutenção. Isso inclui a identificação de todos os componentes da máquina, das tarefas a serem realizadas, dos recursos necessários e a duração estimada para cada tarefa.
Ter um setor de PCM é de fundamental importância, ele é um pilar imprescindível para uma boa gestão na parada de um equipamento.
Um dos principais desafios durante a manutenção de um equipamento é a disponibilidade de peças de reposição. Imagine parar um equipamento e não ter a peça de reposição no estoque?
Por isso é importante ter um inventário de estoque bem gerenciado. Mas, se a política da empresa for trabalhar com estoques curtos, dentro da filosofia just in time, é fundamental que os fornecedores entreguem com agilidade e se comprometam a ter estoques mínimos.
A gestão eficaz da parada de máquinas está intrinsecamente ligada à disponibilidade de peças e ao planejamento adequado.
“A importância do planejamento de manutenção e da disponibilidade de peças é determinante no tempo de espera para o pessoal de manutenção entregar a máquina de volta ao processo. Sugere-se que um tempo de inatividade mais longo é frequentemente causado por dificuldades em obter as peças necessárias.” (Rogério Rodrigues)
A competência e o treinamento da equipe de manutenção são cruciais. Uma equipe bem treinada pode realizar tarefas de manutenção de forma mais eficiente e com menos erros.
Muitos erros de manutenção são provenientes do despreparo dos profissionais envolvidos. Sem contar que em certos casos as ocorrências emergenciais acabam virando justificativas pelos erros ocorridos.
Conhecer a originalidade da máquina e as especificações do fabricante é um ponto muito importante para a gestão da parada de máquina.
Há casos em que a peça de reposição é comprada pelo preço porque a original tem um custo maior. Em outros, decide homologar componentes de marcas alternativas que não são compatíveis com as especificações do equipamento.
Aí, chega a hora de montar e descobre-se que não encaixa no eixo da máquina ou no mancal. Que a correia tem um encaixe diferente da polia, que o mancal tem furações despadronizadas.
Mesmo que as medidas sejam compatíveis, os componentes atendem as cargas de trabalho? Terão a mesma vida útil?
Vai adiantar usar peças alternativas, liberar a máquina após a manutenção e ela parar no dia seguinte?
Por isso, é importante garantir a originalidade das peças de reposição e que a manutenção seja realizada de acordo com as práticas recomendadas pelos fabricantes. Concentrando-se na qualidade e não somente no custo do componente.
Pode ter certeza de que os custos ocultos serão bem maiores do que a economia que se imaginava ter.
Ferramentas certas, projetadas de forma adequada para a montagem de componentes, reduz significativamente o tempo de manutenção e a integridade dos componentes.
Se você já passou pela fábrica e viu algum mecânico dando pancadas e marteladas para colocar um rolamento no eixo, sabe bem o que eu quero dizer.
Vai empenar o eixo, estragar a pista do rolamento e até deslocar o mancal. Aí liga a máquina, o eixo está desbalanceado, a máquina começa a vibrar e querer sair do lugar como se fosse um avião querendo decolar.
Além disso, pode ocorrer um superaquecimento do motor, afrouxamento do sistema de fixação, entre tantos outros problemas que trazem riscos altos de machucar e ferir um operador.
Uma gestão eficiente das paradas de máquinas contribui significativamente para o sucesso e a eficácia de uma parada geral de fábrica. Ambas precisam ser cuidadosamente planejadas e coordenadas para assegurar que os impactos na produção sejam minimizados e que os objetivos de manutenção e melhoria sejam atingidos com sucesso.
A relação entre a gestão de paradas de máquinas e as paradas gerais de fábrica, pode ser definida em quatro aspectos principais: minimização de interrupções, planejamento integrado, maximização da produção e feedback para melhoria contínua. Onde:
A gestão eficaz da parada de equipamentos envolve uma combinação de planejamento, treinamento, uso de tecnologia e foco na qualidade.
Mas isso será melhor direcionado se as indústrias entenderem que:
Ao adotar essas práticas, as indústrias podem maximizar a disponibilidade de máquinas e reduzir o tempo de inatividade das máquinas com as paradas para manutenção.
Em um mundo cada vez mais digitalizado, a tecnologia desempenha um papel importante na manutenção industrial. Softwares de gestão, conhecidos como CMMS (Computerized Maintenance Management System), são ferramentas indispensáveis para otimizar o processo.
A quarta revolução industrial, ou Indústria 4.0, trouxe consigo a integração de máquinas e sistemas em redes inteligentes. Ao integrar um CMMS com sistemas de IoT (Internet das Coisas), é possível monitorar em tempo real o desempenho e a saúde das máquinas, prevendo falhas antes que elas ocorram e programando manutenções preventivas de forma mais eficaz.
Sem dúvida alguma são fundamentais para melhorar a gestão na parada do equipamento e reduzir os custos associados.
Uma gestão em paradas de máquina também envolve uma estreita colaboração com fornecedores. Isso não se trata apenas de ter fornecedores confiáveis que possam entregar peças de reposição rapidamente, mas fornecer suporte técnico especializado em momentos críticos também é importante.
Para isso, é conveniente ter Parcerias Estratégicas com empresas especializadas em manutenção. Essas empresas podem oferecer expertise e recursos que não estão disponíveis internamente, garantindo que a parada de máquina seja executada de forma eficiente e eficaz.
Em resumo, a gestão eficaz da parada de equipamentos vai além do planejamento e execução da manutenção em si. Requer uma abordagem holística que considere todos os aspectos da operação industrial, desde a produção até a gestão de custos, garantindo que as paradas sejam minimizadas e que, quando ocorram, sejam o mais eficientes possível.
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