Lubrificação é o método ou técnica utilizada para aplicar uma camada de lubrificante entre duas superfícies em movimento. Tem como principal finalidade reduzir o atrito e o desgaste entre elas, podendo separá-las parcialmente ou completamente.
As falhas relacionadas à má lubrificação dos equipamentos são um dos principais fatores para as empresas terem altos custos de manutenção. Ou seja, troca prematura de componentes, manutenção não planejada e perda de produtividade. Muitas empresas não executam a lubrificação industrial da forma correta. Isso ocorre por não terem conhecimento sobre os lubrificantes, métodos, ferramentas ou até mesmo um plano de lubrificação dos equipamentos.
Por este motivo, resolvemos fazer um Guia Completo sobre o assunto. Quer saber tudo sobre lubrificação industrial?
Neste artigo você verá:
Lubrificação Industrial é a técnica de manutenção que consiste na aplicação de lubrificante entre componentes de uma máquina. Isso reduz o atrito entre as superfícies de contato devido a película que favorece a movimentação dos componentes, desse modo diminui o desgaste e aumenta o desempenho da vida útil.
Por isso é muito importante escolher o lubrificante certo, o método, as ferramentas e conhecer os aspectos técnicos de aplicação no equipamento.
O lubrificante industrial é a substância aplicada entre duas superfícies – fixa e móvel ou duas superfícies móveis – capaz de formar uma película protetora. Essa camada tem como principal função reduzir o atrito e o desgaste entre as peças em contato.
É feito da mistura de óleos e aditivos. Combinação que permite determinar as suas propriedades, seu desempenho e vida útil.
Seu uso se dá em diversos componentes de transmissão mecânica como, por exemplo: redutor, motor, rotor, rolamento, engrenagem, mancais e corrente.
A principal função da lubrificação industrial é reduzir o atrito entre as superfícies de contato das peças de um equipamento. Para isso, aplica-se um lubrificante (óleo ou graxa) que forma uma película fina e viscosa que impede o desgaste. Assim, favorece a movimentação, garante a vida útil dos e aumenta o desempenho dos equipamentos.
Por essa razão, a qualidade do lubrificante industrial é fundamental para garantir a durabilidade e a segurança no processo.
Além disso, o fluido lubrificante deve ser monitorado e sua manutenção deve ser planejada e executada cuidadosamente.
Estudos mostram que 34% das falhas de equipamentos rotativos são de problemas com lubrificação.
Sobretudo a falta ou excesso de lubrificante e incompatibilidade química.
Muitos profissionais não sabem escolher a graxa certa. Além disso, 14% de falhas ocorrem por contaminação do sistema.
Então, chegamos a 50% de manutenções corretivas por conta dos problemas de lubrificação.
Lubrificar regularmente os componentes de um equipamento traz benefícios como:
Como resultado, a disponibilidade da máquina aumenta e seu equipamento será mais produtivo.
Os lubrificantes industriais têm um papel importantíssimo na manutenção. Protegem os componentes e aumentam a vida útil de equipamentos e máquinas.
Óleos e graxas são capazes de evitar os danos por altas temperaturas, vibrações, corrosão, oxidação e atritos.
Se considerarmos que o setor de manutenção é o principal responsável por garantir que os equipamentos estejam em pleno funcionamento, a lubrificação é um dos pilares para se atingir a qualidade total.
Não é á toa que vemos muitas empresas deixando de agir só quando o equipamento quebra. A adoção de técnicas e análises preditivas para antecipar potenciais falhas ganha espaço a cada dia.
Mas, para isso, é necessário ter ferramentas certas, escolher o tipo e o método correto para usar os lubrificantes industriais.
Principais ferramentas de lubrificação são:
Confira toda a nossa linha de ferramentas SKF para lubrificação industrial.
Na indústria, os lubrificantes industriais se classificam de acordo com seu estado físico. Desse modo, são divididos em:
Os lubrificantes líquidos são compostos por óleo básico e aditivo.
Ideais para aplicações que demandam alta velocidade e alta carga. Apresentam baixa viscosidade e, como resultado, baixa perda por atrito.
Além disso, usar lubrificantes líquidos, também produz baixa elevação de temperatura nos componentes do sistema de transmissão.
A graxa é um tipo de fluido pseudoplástico, composta por óleo básico, aditivos e espessantes.
Os espessantes são particulados sólidos, dispersos finamente na graxa. Tem a função de aumentar a viscosidade dos óleos.
É um dos componentes mais versáteis na lubrificação industrial.
Aplicável em ampla faixa de temperaturas, velocidades e cargas. Também é mais resistente à ambientes com contaminantes.
O lubrificante sólido é inserido entre as superfícies das peças que trabalham em atrito.
Tem a capacidade de se deformar sob cisalhamento com mais facilidade que as superfícies.
Lubrificantes sólidos são usados em condições extremas. A durabilidade é incrementada pela adição de elementos aglomerantes que provêm um filme mais espesso e resistente.
O uso dos lubrificantes gasosos ocorre quando os filmes lubrificantes devem ser extremamente finos. Os gases normalmente utilizados como lubrificantes são o nitrogênio e o hélio.
Eles podem operar numa ampla faixa de temperatura e provêm um atrito baixíssimo entre as peças, devido à sua baixa viscosidade. Contudo, ele tem baixa capacidade de carga e demanda peças com acabamentos muito precisos.
Sua aplicação se dá, por exemplo, em mancais aerostáticos.
Na lubrificação industrial, os três tipos principais de lubrificantes são:
1. Lubrificante mineral
Os lubrificantes óleos minerais são oriundos do refino do petróleo bruto. Eles são mais baratos que os sintéticos, mas têm propriedades limitadas.
Por exemplo, sua viscosidade varia mais com a temperatura e eles possuem substâncias que geram impurezas. Por esse motivo, são trocados com uma frequência maior que os sintéticos.
2. Lubrificante sintético
Os lubrificantes sintéticos são o produto da modificação química do petróleo. Processo mais complexo que o refino aplicado nos lubrificantes minerais.
Sendo assim, os óleos sintéticos têm custo maior. Entretanto, têm maior qualidade em suas propriedades físico-químicas.
O lubrificante sintético tem maior capacidade de neutralizar ácidos, sua viscosidade é mais estável e seu filme lubrificante é mais resistente à pressão.
3. Lubrificante semissintético
Os lubrificantes semissintéticos são feitos a partir da mistura de lubrificantes 100% sintéticos com lubrificantes minerais.
Eles apresentam características intermediárias entre os lubrificantes sintéticos e os minerais. Tanto em relação às propriedades físico-químicas, quanto ao preço e tempo de troca da lubrificação.
Além da redução do atrito e do desgaste, o uso de lubrificantes tem outros benefícios. Entre eles temos:
A base dos lubrificantes é o óleo básico. Compõe entre 75% e 99% do produto final. Ele determina a viscosidade do lubrificante. Dessa forma, os óleos básicos são combinados para atingir a viscosidade desejada.
Os lubrificantes também recebem aditivos para melhorar as propriedades físicas ou mecânicas em certas aplicações.
Os aditivos mais comuns são:
Os detergentes reagem com ácidos corrosivos, lodo e outras substâncias que criam subprodutos que contaminam o óleo e os mantêm solúveis no lubrificante.
Os dispersantes têm a função de manter os lubrificantes livres das reações dos óleos com outras substâncias dispersas. Isso evita que elas formem depósitos e mantém a superfície interna do equipamento limpa.
Evitam que as partes metálicas das peças sofram corrosão devido ao contato com o lubrificante.
Os aditivos antiferrugem se ligam ao material metálico, formando um filme protetor. Esse filme serve para proteger as partes metálicas do ataque da água e de sais dissolvidos nela, causadores da ferrugem.
Já os anticorrosivos agem neutralizando ácidos que são formados, por exemplo, pelo enxofre e nitrogênio presentes em combustíveis.
O antiespumante age de duas formas:
A espuma se forma devido à agitação do óleo, que acaba por se misturar com o ar.
As bolhas são prejudiciais por causar falhas na película de óleo que reveste a superfície da peça lubrificada.
Como resultado, as superfícies ficam desprotegidas nos pontos das bolhas. Em outras palavras, ficam vulneráveis ao contato direto entre elas.
As emulsões são misturas de líquidos que, a princípio, são imiscíveis. Ou seja, não se misturam.
Os lubrificantes, que têm óleos como base, podem acabar sendo contaminados por outros líquidos, como a água.
Assim, os desemulsificantes servem para separar essas duas substâncias e garantir a qualidade do lubrificante.
Se a pressão dentro dos componentes lubrificados for muito alta, ela leva à ruptura do filme de proteção formado pelo lubrificante sobre a superfície sólida da peça.
Quando isso acontece, os aditivos de extrema pressão reagem com estas superfícies para formar uma película protetora substituta que proteja a peça.
A ação dos aditivos de proteção contra o desgaste é similar, produzindo também um filme protetor que evita o contato direto das superfícies das peças.
Veja a seguir como é feita a lubrificação de rolamentos, mancais, correntes e engrenagens.
A lubrificação estende a vida útil dos rolamentos e ela pode ser feita com graxas ou com óleos lubrificantes. Os sistemas de lubrificação por graxa são mais simples e baratos que os sistemas a óleo.
Entretanto, antes, é preciso saber qual dos dois é o mais adequado ao seu tipo de rolamento.
A graxa para rolamentos tem como vantagem, melhorar a vedação da peça e ser mais firme e estável. Além disso, é mais difícil que ela escorra e vaze.
No entanto, os óleos têm as vantagens de serem mais fáceis de serem distribuídos pelos rolamentos e também de serem drenados e reabastecidos.
Saiba mais em nosso artigo: Lubrificação de rolamentos.
Um mancal também pode ser lubrificado com graxa ou óleo.
Na lubrificação de mancais com graxa, as tampas devem ser removidas para limpeza.
Importante: é preciso limpar a engraxadeira antes de aplicar a graxa nova.
Na lubrificação com óleo, o nível do lubrificante deve sempre ser monitorado e complementado quando ele estiver baixo.
Quando for fazer a troca do óleo, é preciso drenar todo o óleo velho e lavar o conjunto com o óleo novo.
Uma corrente industrial possui pontos de lubrificação de difícil acesso. Por essa razão, é difícil a entrada de lubrificante em todas as partes necessárias do componente.
Entretanto, a falta de lubrificação nesses pontos causa desgastes e redução de vida útil da corrente.
Desse modo, a lubrificação de correntes deve ser feita com ferramentas adequadas.
Como exemplo, os aerossóis com bicos aplicadores para correntes. Assim, evita-se a falta de lubrificação nos pontos menos acessíveis.
As engrenagens podem ser lubrificadas com graxa ou óleo. Contudo, há dois métodos para aplicação de óleo. Mostraremos logo abaixo.
A graxa pode ser usada tanto em sistemas de engrenagens abertos quanto fechados, contanto que eles rodem a baixas velocidades.
Com relação às condições de temperatura, carga e outros fatores de operação, deve-se consultar o catálogo do fabricante para saber qual a mais apropriada em cada caso.
O método da lubrificação industrial e aplicação do lubrificante dependem de 3 fatores:
Existem seis métodos principais:
Ela é feita manualmente utilizando almotolias, copo com agulha ou copo com conta-gotas.
Para os três métodos de lubrificação, o lubrificante cai sobre o componente pela ação da gravidade.
Esse método usa a ação da capilaridade de estopas, almofadas ou pavios de material fibroso.
Dessa forma o óleo é depositado lentamente na peça lubrificada.
O método de lubrificação por salpico foi citado anteriormente na lubrificação de engrenagens. Porém, ele também pode ser usado em sistemas que não tenham engrenagens.
Neste caso, outros elementos são montados no eixo para aspergir o óleo lubrificante, como um anel, corrente, ou colar com ranhuras.
As peças a serem lubrificadas são imersas num banho de óleo para realizar este método.
O óleo excedente lubrifica outras peças, e seu nível deve ser monitorado e controlado a todo tempo. Além de lubrificar, o óleo também resfria a peça.
O sistema de lubrificação forçado utiliza uma bomba e apresenta dois métodos: sistema por perda ou por circulação.
No primeiro caso, o óleo bombeado é descarregado sobre as peças num sistema aberto. No segundo, ele cai de volta num reservatório e volta a recircular pelo sistema.
A diferença deste método para os demais é que aqui se utiliza graxa como lubrificante, e não óleo.
A graxa pode ser aplicada manualmente com uma engraxadeira manual, pistola de graxa ou bomba manual. São as ferramentas mais indicadas quando se quer garantir a qualidade da aplicação.
Conheça as principais ferramentas SKF que auxiliam correta na lubrificação de seus componentes.
Estes são os principais erros cometidos durante a lubrificação mecânica e de que forma se deve evitá-los:
Este problema é provavelmente o mais fácil de ser identificado, pois peças mal lubrificadas se sobreaquecem e emitem ruído. A lubrificação insuficiente pode levar à falha de rolamentos, por exemplo.
A forma de se evitar este problema é fazendo o monitoramento do rolamento ou de outro componente em uso, para verificar se não está havendo perda de lubrificante por vazamento.
A falta de lubrificante causa problemas, mas colocar lubrificante demais não é a solução. O excesso de lubrificante pode levar a peça a sair do lugar e também à ocorrência de falhas.
Em componentes selados, se a graxa em excesso for aplicada com uma pistola, a pressão pode levar à falha da vedação.
Por isso, ao se aplicar um lubrificante, o profissional deve prestar atenção tanto aos limites mínimos quanto aos máximos indicados pelos fabricantes.
O lubrificante errado pode levar à falha dos equipamentos. Os equipamentos são projetados com certos tipos de lubrificantes, pois dependem de suas propriedades físico-químicas para trabalharem bem. O uso do lubrificante errado pode inclusive levar à perda de garantia do equipamento.
Para evitar este problema, o pessoal responsável pela lubrificação deve saber quais lubrificantes são indicados para o tipo de equipamento em questão.
A mistura inapropriada de lubrificantes leva a problemas similares aos do uso de lubrificante errado, devido à alteração das propriedades do lubrificante.
Por isso é importante saber se é permitida a mistura de lubrificantes e se pode ser usada no equipamento em manutenção.
Os contaminantes podem prejudicar os equipamentos levando a falhas catastróficas. Eles também podem ser difíceis de remover e sua limpeza pode ser uma operação cara.
Evita-se a contaminação com um plano de prevenção e monitoramento de contaminantes. Os principais contaminantes são sujeira e partículas do ambiente da oficina ou em suspensão no ar, e materiais particulados que surgem pelo desgaste do próprio equipamento.
Realizar tarefas de lubrificação manual pode ser um desafio devido ao grande número de pontos de lubrificação em toda a fábrica. Além disso, a maioria desses pontos tem requisitos de lubrificação variados.
Por essa razão, deve-se utilizar ferramentas para lubrificação que facilitem o trabalho. Sobretudo, que atendam as necessidades do plano de lubrificação e reduzam os riscos de falhas.
O armazenamento de lubrificantes demanda cuidados tanto no recebimento quanto na estocagem deles.
Descarga de tambor de óleo usando uma rampa. Não lançar o tambor, mesmo que haja um amortecedor ou proteção embaixo.
Tambores de lubrificante sobre paletes.
A Abecom é uma distribuidora de soluções industriais, que conta com mais de 20.000 itens para pronto atendimento. Aqui você encontra lubrificantes, mancais e rolamentos, elementos de transmissão, ferramentas de manutenção, entre outros.
Sendo o maior distribuidor SKF do Brasil, a Abecom conta com diversos tipos de lubrificantes para atender às diferentes demandas do mercado brasileiro.
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