A seleção do método de lubrificação é tão importante quanto o tipo de lubrificante que será usado em um componente da máquina. Fatores como o tipo de máquina, as condições operacionais, o ambiente em que está inserida, e as especificações do fabricante, influenciarão na escolha do método.
E porque os profissionais de manutenção devem se preocupar com isso?
Uma estratégia eficaz de lubrificação industrial envolve não apenas a escolha do lubrificante correto, mas também os tipos de métodos de lubrificação, as ferramentas e a frequência apropriados para cada aplicação específica. Isso garante a máxima eficiência operacional e prolonga a vida útil dos componentes e sistemas mecânicos.
Por isso, no artigo de hoje vamos apresentar alguns métodos de lubrificação mecânica que você pode usar em sua empresa. Bora conferir?
A aplicação de lubrificante no local exato e na quantidade correta é fundamental para evitar tanto a sub-lubrificação quanto a super-lubrificação.
A sub-lubrificação pode levar ao desgaste acelerado, enquanto a super-lubrificação pode causar excesso de calor e desperdício de lubrificante. Em qualquer uma dessas situações, a performance do equipamento ficará comprometida.
Por isso, é importante que durante a gestão da lubrificação se tenha atenção quanto ao método e ferramentas adequadas.
Existem alguns tipos de lubrificação industrial e métodos que podem ser utilizados em máquinas e equipamentos.
Os métodos de lubrificação industrial e aplicação do lubrificante dependerá principalmente de 4 fatores:
Sabendo isso, a escolha entre os métodos de lubrificação disponíveis considerará apenas as características da máquina e a acessibilidade aos componentes.
Quais são os métodos de lubrificação?
Os tipos de lubrificação existentes para sistemas mecânicos são divididos em: métodos de lubrificação por gravidade, lubrificação forçada, lubrificação manual e lubrificação automática.
Neste método de lubrificação, o lubrificante é aplicado diretamente nos pontos de lubrificação através de um gotejador. É ideal para locais onde o lubrificante precisa ser aplicado de forma contínua e controlada, como em correntes de transmissão ou em mancais de deslizamento.
Ela é feita manualmente utilizando almotolias, copo com agulha ou copo com conta-gotas, o lubrificante cai sobre o componente pela ação da gravidade.
Este é um tipo de lubrificação industrial simples, mas requer monitoramento e ajuste manual, sendo mais comum em máquinas menores ou em ambientes onde a automação não é viável ou necessária.
Utiliza dispositivos como lubrificadores automáticos, que são calibrados para liberar uma quantidade específica de lubrificante em intervalos regulares. Estes sistemas podem ser integrados a um sistema de controle centralizado, permitindo ajustes precisos e monitoramento remoto.
A lubrificação automática é ideal para aplicações onde é crítico manter um fluxo constante e controlado de lubrificante, como em linhas de produção automatizadas ou em equipamentos que operam continuamente.
Em ambientes industriais modernos, a tendência é a automação dos processos de lubrificação para aumentar a eficiência, reduzir o tempo de inatividade e melhorar a confiabilidade dos equipamentos.
Utiliza a ação capilar para transportar o lubrificante para o local necessário. Comum em óleos para mancais de precisão e em pequenos mecanismos, como os encontrados em instrumentos de medição.
Esse método usa a ação da capilaridade de estopas, almofadas ou pavios de material fibroso. Dessa forma o óleo é depositado lentamente na peça lubrificada.
Aqui, o movimento de partes internas do equipamento (como engrenagens) salpica o lubrificante nos componentes que necessitam de lubrificação. É eficaz em caixas de engrenagens onde a velocidade e o movimento são suficientes para distribuir o lubrificante.
Porém, este método de lubrificação industrial também pode ser usado em sistemas que não tenham engrenagens. Neste caso, outros elementos são montados no eixo para aspergir o óleo lubrificante, como um anel, corrente, ou colar com ranhuras.
Este método é um dos tipos de lubrificação a óleo, em que partes do equipamento são imersas em um reservatório de lubrificante. À medida que as partes se movimentam, elas carregam o lubrificante consigo. Aplicável em engrenagens abertas e fechadas, onde a imersão direta garante uma lubrificação constante.
O óleo excedente lubrifica outras peças, e seu nível deve ser monitorado e controlado a todo tempo. Além de lubrificar, o óleo também resfria a peça.
Utiliza bombas para forçar o lubrificante através do sistema, chegando a todos os pontos necessários sob pressão. Indispensável em turbinas, compressores grandes e motores de combustão interna.
O método de lubrificação sob pressão, pode ser dividido em dois métodos principais: por perda e por circulação. Vamos explorar cada um deles:
Sistema de Lubrificação Forçado por Perda: Neste método, o lubrificante é aplicado aos componentes em movimento e não retorna ao reservatório. Ele é continuamente fornecido em pequenas quantidades e, após a aplicação, o excesso de lubrificante é tipicamente descartado ou absorvido pelo sistema. Este método de lubrificação industrial é frequentemente usado em locais onde o lubrificante pode ser contaminado facilmente ou precisa ser trocado após um único uso (para remover detritos e calor). É comum em aplicações como correntes de transmissão, onde o lubrificante também ajuda a remover a sujeira e os detritos da corrente.
Sistema de Lubrificação Forçado por Circulação: Neste sistema, o lubrificante é bombeado até os pontos de lubrificação e, após passar pelos componentes, retorna ao reservatório para ser filtrado, resfriado e reutilizado. A circulação contínua do lubrificante ajuda a remover calor e contaminantes dos componentes. Este tipo de lubrificação é ideal para máquinas grandes e complexas, como grandes redutores de engrenagens, motores elétricos de grande porte e turbinas, onde é crucial manter uma película de lubrificante consistente e limpa.
A diferença deste método para os demais é que aqui se utiliza graxa como lubrificante, e não óleo. Emprega graxa para fornecer lubrificação onde um lubrificante líquido não é prático ou onde é necessária uma retenção de lubrificante mais prolongada, como em mancais de rolos ou articulações.
A graxa pode ser aplicada manualmente com uma engraxadeira manual, pistola de graxa ou bomba manual. São as ferramentas mais indicadas quando se quer garantir a qualidade da aplicação.
Neste sistema, o óleo é atomizado em uma névoa fina e transportado por um fluxo de ar para os locais de lubrificação. Muito eficaz em rolamentos de alta velocidade e sistemas pneumáticos.
Utiliza lubrificantes sólidos ou em pó, como grafite ou PTFE (Teflon), que são aplicados diretamente nas superfícies. Usado em condições extremas de temperatura ou em ambientes onde líquidos não são desejáveis, como em fornos ou em ambientes de vácuo.
Na hidrostática, o lubrificante é fornecido sob pressão, criando uma película entre as superfícies em movimento. Na hidrodinâmica, a película de lubrificante é formada pelo próprio movimento das superfícies. Utilizado em mancais de alta carga e alta velocidade, como em eixos de turbinas ou em motores elétricos de grande porte.
Cada um desses métodos tem aplicações específicas onde são mais efetivos, dependendo das condições operacionais, ambientais e das exigências de cada equipamento. A escolha correta do método de lubrificação é fundamental para garantir a eficiência e a longevidade dos equipamentos industriais.
Por isso é importante elaborar um plano de lubrificação.
A eficácia da lubrificação em equipamentos industriais depende não apenas da escolha do método adequado, mas também da implementação de um plano de lubrificação bem estruturado. Este plano deve considerar vários fatores críticos para garantir a manutenção efetiva e a operação confiável dos equipamentos.
O que o plano deve considerar?
Periodicidade: Determinar a frequência ideal de lubrificação é vital. Isso depende das especificações do fabricante, das condições operacionais, do tipo de equipamento e do ambiente em que ele opera. Uma periodicidade bem definida evita tanto a falta quanto o excesso de lubrificação, ambos prejudiciais ao desempenho e à vida útil dos componentes.
Tipo de Lubrificante: A escolha do lubrificante correto deve ser baseada nas necessidades específicas do equipamento, incluindo tipo de carga, velocidade de operação, temperatura e ambiente. Diferentes equipamentos podem requerer lubrificantes com propriedades específicas, como viscosidade, resistência a temperaturas extremas ou capacidade de lidar com contaminantes.
Método de Lubrificação: Como discutimos anteriormente, o método de lubrificação deve ser escolhido com base no tipo de equipamento e nas condições operacionais. Pode variar de métodos manuais simples a sistemas automatizados.
Ferramentas de Lubrificação: A utilização de ferramentas adequadas é fundamental para a aplicação correta do lubrificante. Isso inclui pistolas de graxa, gotejadores, bombas e sistemas automatizados. A precisão na aplicação do lubrificante é crucial para evitar desperdícios e garantir que as quantidades corretas sejam aplicadas nos locais certos.
Partes do Equipamento a Serem Lubrificadas: Conhecer exatamente quais componentes do equipamento precisam de lubrificação é essencial. Cada parte pode ter requisitos diferentes em termos de tipo de lubrificante, quantidade e frequência de aplicação.
Monitoramento e Ajustes: Um plano de lubrificação não é estático. Deve-se monitorar regularmente a eficácia da lubrificação e fazer ajustes conforme necessário. Isso pode incluir a análise do óleo usado para verificar a presença de contaminantes ou desgaste excessivo.
Treinamento e Conscientização: Os operadores e técnicos de manutenção devem ser treinados para entender o plano de lubrificação e sua importância. Eles devem ser capazes de identificar sinais de problemas de lubrificação e saber como reagir a eles.
Um plano de lubrificação bem elaborado, portanto, é uma parte integral da manutenção preventiva e da estratégia de operação de qualquer instalação industrial. Ele ajuda a maximizar a eficiência operacional, minimizar o tempo de inatividade e prolongar a vida útil dos equipamentos.
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