Rolamentos são peças técnicas críticas em qualquer sistema rotativo. Fatores como qualidade, procedência e garantia, influenciam diretamente no seu desempenho. Logo, não se deve comprar um rolamento somente pelo preço. É aí que vemos a importância da participação do setor de manutenção no processo de compras de rolamentos.
Em muitas empresas, a decisão de compras de componentes e itens de manutenção fica a cargo do departamento de compras ou supply chain.
Eles normalmente utilizam sistemas de MRP que informam as demandas de compra. A base é o cadastro de componentes, feito pelo departamento técnico, manutenção ou PCP.
A principal referência são os códigos dos componentes informados pelos fabricantes dos equipamentos. Ou seja, até aqui não há nada de errado.
Então, o comprador vai ao mercado, ou utiliza seu cadastro de fornecedores, para cotar o rolamento no mercado. Escolhe o melhor preço e compra.
O rolamento chega, é instalado, e dias depois quebra. E aí? O que foi que deu errado?
Resposta: inclua o setor de manutenção na decisão da compra.
Para que o processo de compras de rolamentos seja eficiente e reflita em ganhos reais para as empresas, é necessário considerar o custo total de operação.
E isso se dá através da participação do setor de manutenção na coleta de dados e monitoramento dos ativos.
A manutenção consegue reunir métricas de análise que calculam os custos de vida e de aquisição de um produto, ativo ou sistema, que estão ocultos. Como o Total Cost of Ownership (TCO).
Dessa forma, àqueles custos que não são vistos na hora da comprar o rolamento, podem fazer parte da decisão de aquisição.
São eles que respondem pelas quebras de máquina e custos com excessivas manutenções corretivas.
Ou seja, são eles os responsáveis por garantir que os equipamentos estejam disponíveis para a produção.
Sendo assim, devem participar do processo de compras do rolamento, pois nem sempre o preço mais baixo do mercado é de um rolamento que desempenhe a vida útil desejada.
Sobretudo porque a qualidade do rolamento está diretamente ligada à maior disponibilidade da máquina.
Esta disponibilidade de máquina impacta na produtividade. E isso tem um valor muito superior às diferenças de preços na aquisição do rolamento.
O setor de manutenção é quem tem o domínio destas informações e o histórico de paradas não programadas. Sabe quantas vezes foram necessárias manutenções corretivas para troca do rolamento que quebrou.
Dessa forma, as empresas podem direcionar a compra do rolamento não somente para os mais baratos e sim, os mais confiáveis.
Ou seja, rolamentos que garantirão a entrega de performance dos ativos e dos equipamentos.
O ponto aqui é alertar as empresas para que considerem a participação do setor de manutenção na decisão de compra.
Rolamentos industriais são componentes de alta exigência. Não são apenas um item de estoque. São de fato ativos que as empresas devem monitorar para garantir a confiabilidade da operação.
Quando se adquire um rolamento de baixa qualidade, há um aumento significativo de paradas excessivas para troca. Além disso, também afeta outros componentes do sistema como, o mancal do rolamento.
As manutenções preventivas não dão conta. O setor de manutenção começa a ter que intervir mais de maneira corretiva.
Em outras palavras, o equipamento fica mais tempo parado e aumenta o custo de manutenção.
Ao participar o setor de manutenção no processo de compras de rolamentos, a empresa obtém ganhos que não são vistos pelo comprador.
Veja o quanto podemos economizar em “custos ocultos” se a equipe de manutenção puder contribuir e fazer parte da escolha do fornecedor.
Sim, do fornecedor. Pois, ele é quem vai garantir que o rolamento tenha procedência e dar garantia ou suporte técnico após a instalação.
Além disso, se optar por um fornecedor certificado SKF CMP as vantagens são maiores ainda. Ele tem infraestrutura e equipe técnica para oferecer serviços de preditiva que melhoram a performance dos equipamentos.
A ABECOM, por exemplo, trabalha com foco na fórmula:
Produtos + Inspeções Preditivas + Lubrificação + Engenharia de Aplicação + Tecnologias + Equipe Capacitada = Reduções de Custos na Operação.
Por isso, consegue agregar mais valor no fornecimento de rolamentos para as empresas.
Sabemos que em tempos de crise e necessidade de reduzir custos, as empresas apertam os setores de compras para reduzir contratos e buscar melhores preços.
Contudo, isso tem um limite. Depende do componente e de onde será utilizado.
Por exemplo, uma indústria gráfica trabalha 24h por dia. Uma Offset realiza milhares de impressões por hora. É um equipamento que pode correr risco de parada?
Certamente não. E qual é um dos principais componentes do sistema de rolaria? O rolamento.
Da mesma forma ocorre nas onduladeiras de papelão, nas laminadoras na siderurgia, nos britadores e peneiras vibratórias na mineração, e tantos outros equipamentos na indústria.
Em muitos equipamentos industriais, o rolamento é uma peça crítica que impacta na disponibilidade para a produção.
Sendo assim, o preço do rolamento não deve ser o único fator de decisão. O desempenho, a confiabilidade e garantia de vida útil são tão importantes quanto.
Ou seja, não basta só olhar para o saving de compras. Compras técnicas dependem de um conjunto de condições para representar que a compra foi bem sucedida.
Neste artigo trouxemos um olhar mais amplo sobre a aquisição de rolamentos para a sua empresa. Sobretudo, a importância de incluir o setor de manutenção no processo de compras de rolamentos.
Principalmente porque rolamentos de baixa qualidade produzem custos que só este setor pode dizer.
Além disso, é a manutenção que sente na pele a cobrança dos equipamentos parados por quebra repentina.
Por mais que o setor de compras esteja fazendo o seu melhor, menor preço na aquisição não é garantia de redução de custos. Equipamentos industriais são ativos que precisam entregar retorno sobre o investimento. Não podem ficar parados!
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